segunda-feira, 13 de junho de 2011

Das qualidades da Energia Solar


 Agora que já temos notícias, um bom embasamento teórico e fundamentação no que é a Energia Solar propriamente dita, podemos partir para uma síntese das informações, como os próprios prós e contras dessa forma de geração de energia.

Pontos Positivos

1.    Não-agressiva ao meio-ambiente: O processo envolve a radiação solar, e algumas vezes água, não contendo compostos radioativos, nem tampouco combustíveis.
2.    Renovável: A energia do sol se renova a cada dia, pode ser explorada de forma ilimitada e assim será por ao menos milhares de anos.
3.    Alta relação custo-benefício: Placas fotovoltaicas e torres são realmente muito caras, mas após alguns meses de produção cobre-se esse revés com a alta produção envolvida.
4.    Alta vida útil das placas: Uma placa feita de células fotovoltaicas de qualidade pode durar décadas sem que tenha que ser substituída.
5.    Capacidade de produção elevada: Ao instalar um parque de produção de energia solar fotovoltaica que ocupe vários hectares e permaneça constantemente sob radiação solar pode-se obter energia da ordem de gigawatts-hora.
6.    Baixa demanda de manutenção: Após instalada, e se bem conservada, usinas solares possuem baixíssima demanda de manutenção, visto que encontram-se estáticas no meio, estando somente sujeitas à ação do tempo.


Pontos Negativos

1.    Alto custo de instalação: O material utilizado para a fabricação de placas e espelhos é muito novo e caro no mercado, o que pode tornar inviável a instalação para países de terceiro mundo.
2.    Grande área ocupada: Pequenos países europeus e da Ásia menor podem encontrar dificuldades na instalação de parques de produção de energia solar justamente pela grande área ocupada, área em que se poderia instalar uma cidade, cultura de alimentos, ou preservação de fauna e flora nativos.
3.    Dependência da radiação solar: Locais com grande incidência de nebulosidade ou pluviosidade podem não obter bons rendimentos com a energia solar, justamente pela ausência da luz solar, elemento crucial para seu funcionamento.
4.    Alto custo de manutenção, se em larga escala: As placas solares não demandam muita manutenção, mas em caso de algum tipo de desastre muitas se quebrem, o prejuízo energético até que se instalem novas placas e o prejuízo monetário para adquiri-las é muito inconveniente.
5.    Produção irregular: Em uma usina Termoelétrica, se você tem muito carvão, produz muita energia. Acontece o mesmo com a Energia Solar, com a radiação, porém é possível controlar a quantidade de carvão numa usina, mas não a quantidade de sol num dia, nem mesmo a quantidade de nuvens, então a irregularidade na produção em diferentes dias pode ser um agravante.

    Naturalmente, essas não são as únicas qualidades desse tipo de energia, mas, se todas forem resumidas, chegarão a algo próximo disso, esperamos que tenha sido claro para o leitor o porquê de instalar ou não uma usina elétrica em um país. Se ainda lhe interessa mais informações sobre o assunto, não se preocupe, logo disponibilizar-se-á mais tópicos a esse respeito.

Energia solar e o mundo

  Essa postagem tem como objetivo mostrar aspectos históricos da energia solar, assim como a quantidade de países que a utilizam, e de que forma, a fim de dar uma perspectiva geral de sua utilização no mundo todo.
     Geralmente, a energia solar é favorecida em locais quentes e secos, como desertos, áreas áridas ou semi-áridas com baixa nebulosidade e incidência de raios solares em pelo menos boa parte do ano.

 Em Israel, 70% dos domicílios possuem coletores solares, e também o país desenvolveu tecnologias para a instalação de usinas solares de espelhos, que ajustam-se automaticamente ao ângulo do sol, e podem aproveitar até 70% de toda a sua energia potencial, tudo isso sem ocupar muito espaço. No início do processo, em 2009, estimava-se que uma única usina dessas poderia economizar até 40.000 litros de combustíveis fósseis por ano, produzindo uma média de um quilowatt-hora (kWh), ao custo de cerca de oito centavos por quilowatt, o que é bem rentável, visto que Israel possui cerca de 2.000 horas de sol por ano.

  Os Estados Unidos da América possuem o maior parque de energia solar do mundo no deserto de Mojave, Califórnia, que produz atualmente 354 megawatts de eletricidade, o suficiente para 90 mil residências. Construído em 1980, o sistema de Concentração de Energia Solar (ou CSP, como é chamado), também funciona a partir de espelhos, e pela sua alta tecnologia são capazes de conservar a energia por até horas depois do pôr-do-sol. Esse sistema esteve em declínio nos últimos anos, porém tem-se investido nele já há algum tempo, tendo em vista a necessidade dos dias atuais do investimento em uma forma de energia limpa e renovável.
 A Alemanha é líder mundial na produção de energia solar, produzindo 2500 megawatts, o que corresponde a 55% de toda a energia solar no mundo, e o país chega até a exportar toda essa potência, atingindo vendas de 3,8 bilhões de euros em 2006, chegando a crescer 20% em 2007. A Alemanha prevê que as emissões de carbono devem ser reduzidas em 20% até 2020, e a cota de energias renováveis na União Europeia deve aumentar em 20%.
Portugal, não só seguindo exigências do acordo de diminuição de emissão de dióxido de carbono na atmosfera através do desenvolvimento de energias limpas, mas também procurando fontes alternativas de geração de força, criou dois grandes parques fotovoltaicos, o de Hércules e o de Amareleja, que juntas ocupam mais de 70 hectares e produzem mais de 22 GWh (gigawatt-hora). Portugal também incentiva a microgeração, fazendo com que os lares tenham painéis solares e vendam o excesso para a Rede Elétrica Nacional.

   O Japão começou a investir em energia solar em 2006, equipando as residências da cidade de Ota com painéis solares fotovoltaicos, visando a diminuição da conta de luz dos moradores, o que tem sido muito aprovado, pois a instalação foi gratuita e o excesso de produção poderia ser vendido para uma companhia elétrica. Apesar de ter seu foco em energia nuclear e não possuir espaço físico para uma central de energia solar, o Japão tem investido uma certa quantia em dinheiro no equipamento de moradias com essa tecnologia.

 A Indonésia possui mais de 100 milhões de habitantes que não têm acesso à energia elétrica, afastados das cidades principais, e muitas vezes morando em uma das centenas de ilhas que compõem o país. então estabeleceu-se uma meta, levar energia elétrica a 30 mil lares, a partir de células fotovoltaicas, que foram optadas por possuírem baixo custo e alta produção, vida útil    e sustentabilidade.